Festa de São José 2022
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
No dia em que a Igreja celebrou a solenidade de São José, 19 de março, o Seminário da Diocese do Algarve, que o tem como patrono, voltou a celebrar a festa em comunidade.
“Sentimo-nos felizes porque há dois anos que não tínhamos oportunidade de celebrar. O mês de março nos dois anos precedentes constituiu sempre um tempo difícil de isolamento e até de suspensão das celebrações públicas das Eucaristias”, introduziu o bispo do Algarve, lembrando as restrições impostas pela pandemia de Covid-19 que impediram a celebração da Eucaristia concelebrada sempre por muitos sacerdotes ali formados.
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
“Nesta eucaristia queremos, de maneira particular, invocar São José e a sua proteção para esta instituição, coração da nossa Igreja diocesana, e fazemo-lo unidos a toda diocese”, prosseguiu D. Manuel Quintas, na eucaristia concelebrada na capela da instituição pelo seu reitor, o padre António de Freitas, pelos restantes sacerdotes da equipa formadora, por outros que também o quiseram fazer, por funcionários e por outras pessoas também quiseram estar presentes.
“Peçamos a proteção de São José para a nossa diocese, para o nosso Seminário, para que, com o nosso apoio e testemunho, aqui se formem servidores de Cristo, mensageiros do seu evangelho, tendo como modelo São José que soube escutar, que acreditou e que agiu conforme Deus lhe disse, assumindo o sonho de Deus para ele sem reservas”, pediu no final.
O bispo do Algarve realçou a importância, para todos os batizados, de “escutar, acreditar e agir” como fez São José. “É mestre na arte difícil da escuta. Não põe condições para o diálogo. Simplesmente acolhe a palavra que lhe é dirigida e as suas circunstâncias próprias”, referiu D. Manuel Quintas, acrescentando que “José acolhe os desígnios de Deus para ele, para Maria e, sobretudo, para Jesus”. “A arte de cultivar o silêncio é a primeira atitude da realização da nossa vocação cristã. Nós devemos ser grandes ouvintes da palavra de Deus. E aqueles que seguem um caminho como este, que justifica a razão desta casa, mais ouvintes têm de ser”, acrescentou.
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
O bispo diocesano destacou que “associada à atitude da escuta está a atitude da fé”. “Foi pela fé que José escutou e acreditou”, atestou, referindo que “a fé é uma força que mobiliza a pessoa inteira”. “Não afeta só uma parte do nosso ser, nem apenas uma parte do nosso tempo. Não se pode ser crente em dias determinados e a horas certas”, alertou, considerando que São José é “mestre da fé porque vive a fundo as suas dimensões essenciais”. “Abandona-se totalmente em Deus sem saber para onde Ele o vai conduzir”, sustentou.
D. Manuel Quintas evidenciou que “José não responde com palavras ao anjo”, mas “com ações”. “A sua escuta é ativa e responsável, presente na decisão de deixar os seus planos e assumir um projeto que nunca e estaria nos seus sonhos”, concluiu.
Fonte: Folha do Domingo